IA, poder e cultura: a escolha invisível que todo CEO já começou a fazer (mesmo sem perceber)
- Tháfila Araújo
- 18 de jul.
- 3 min de leitura

Por muito tempo, liderar foi repetir. Replicar modelos, controlar variáveis, manter o que funcionava funcionando.
Só que 2025 não aceita mais piloto automático. Nem discurso de inovação sem prática. A era dos líderes que não entendem o que LLM significa está acabando — e, nesse novo ciclo, ou você usa a IA com propósito, ou será usado por ela sem perceber.
Os números da McKinsey não mentem: 78% dos CEOs consideram a cultura data-driven prioridade para os próximos 12 meses. Mas apenas 34% das empresas estão efetivamente usando dados com embasamento ético, técnico e estratégico.
O paradoxo da liderança que fala de IA mas ainda opera no grito
Na prática? Estão falando de IA, mas rodando planilha à mão. Discutindo GPT-4 enquanto fazem gestão no grito.
Liderar com IA não é instalar ferramenta. É questionar decisões que antes pareciam óbvias. É entender que um modelo de linguagem como o GPt, Claude ou até Gemini, por exemplo, é só uma máquina de padrões — e que cabe a você saber qual padrão precisa ser rompido.
E isso exige mais do que automação. Exige visão.
IA com gente no centro
Como sair do contéudo e ir pra prática? Foi com essa visão que, em um dos nossos projetos recentes, decidimos redesenhar a estrutura comercial usando IA como aliada — e não como mágica. Veja a estratégia para conseguir replicar ou até levar para discussão com seu time:
Implementamos um LLM privado que analisa abordagens de vendas em tempo real, sugerindo ajustes de linguagem com base no comportamento do lead.
Criamos um dashboard que cruza humor do time com taxa de conversão. E organizamos a operação para que o SDR humano tivesse o que a IA não tem: pausa, escuta, improviso.
O resultado? Aumento de 73% na produtividade do time de pré-venda. E, mais importante: um comercial mais humano, mais ágil e mais alinhado com o que o cliente realmente precisa.
A IA revela o que você não quer mais esconder
Mas nada disso funciona sem liderança presente.
A inteligência artificial só funciona onde existe liderança capaz de fazer perguntas difíceis. E uma delas é: você tem coragem de deixar a IA mostrar tudo o que está errado aí dentro?
Porque, sim, a IA entrega velocidade. Mas antes disso, entrega nitidez.
Você como CEO, precisa fazer uma reflexão seguida de ação: “Sempre foi assim, mas precisa continuar desse jeito?”, esse é o momento de discutir por que muitos líderes temem a IA: não é por desconhecimento técnico, mas porque ela expõe estruturas de poder, decisões mal justificadas e modelos mentais ultrapassados.
O medo da IA não é medo do novo. É medo do espelho.
Por onde começar se você quer liderar com IA de verdade
Se você quer liderar com IA, aqui vai um começo honesto:
Audite seus dados e seus silêncios: o que você está ignorando?
Forme squads com pessoas que pensem diferente: de preferência, gente que te desafie.
Traga a IA para perto, mas não delegue o pensar.
Estude LLMs com profundidade e senso crítico. Não adianta decorar sigla e não entender impacto. Ou pelo menos contrate alguém para trazer essa visão e conhecimento para você e a sua empresa.
Crie uma cultura onde errar rápido não signifique punir. Signifique ajustar com coragem.
O que vem depois: o espaço onde IA e cultura se encontram
IA sem cultura vira ruído. Cultura sem IA vira inércia nos tempos atuais. Aqui, no CEO's Club, estamos em lugar que não aceita mais nenhum dos dois.
Se esse texto te provocou, comente aqui.Me diga como sua empresa está lidando com isso.
Esse é o momento de separar líderes que ainda acham que ChatGPT é só “curiosidade” e não entenderam que estamos reprogramando a base do que é liderar.
Quem sabe no próximo artigo a pauta seja uma pergunta sua.
Nos vemos na parte corajosa da liderança!
Tháfila Araujo - Empresária, CEO do Grupo Oitho, Palestrante internacional e Relações Públicas especialista em Inteligência de Mercado e estratégia de negócio.
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