Internacionalização de Marcas…E o Mundo Vira Seu Território
- Guga Dias

- 5 de set.
- 3 min de leitura

“O branding não é mais sobre o que você diz sobre sua marca. É sobre o que o mundo inteiro diz quando você não está na sala.”— Jeff Bezos
Pois é Meu Povo! Enquanto muitos empreendedores ainda tentam firmar os pés no mercado local, já vemos empresas ampliando seus horizontes com precisão estratégica: internacionalizam suas marcas. Não se trata apenas de vender para fora — mas de construir relevância global, presença consistente, linguagem ‘culturalmente’ adaptada e ‘proteção jurídica’ internacional. A internacionalização de marcas é uma das faces mais maduras da expansão empresarial. Ocorrendo quando a identidade da empresa transcende fronteiras e se torna reconhecida, respeitada e desejada em ambientes culturais distintos.
Fique ligado, ao contrário do que muitos pensam, não é um movimento apenas para gigantes. Marcas médias e até pequenas podem — e devem — mirar esse caminho, desde que compreendam sua complexidade e estejam dispostas a estruturar o crescimento com inteligência.Esse processo exige mais do que traduzir embalagens ou adaptar o nome da empresa. Envolve análises de mercado, registros de marca em múltiplos países (com ferramentas e assessoria jurídica correta), redes de distribuição, capacidade de atendimento, criação de uma reputação local e, acima de tudo, consistência. Não existe internacionalização sem intencionalidade. Uma construção estratégica onde comunicação, registro jurídico e percepção de valor caminham ombro a ombro. Marcas que se destacam no cenário internacional são aquelas que souberam proteger seus ativos, entender o comportamento do consumidor global e se apresentar como solução, e não apenas como produto.São casos como o da Bauducco — que começou exportando panettones nos anos 1970 e hoje está presente em mais de 50 países — mostram que o mundo pode sim ser mercado para marcas brasileiras. A Natura, com seu posicionamento de sustentabilidade e forte identidade brasileira, conquistou o mercado francês e cresce de forma sólida no exterior. O Boticário, com estrutura e marca próprias, já opera em mais de dez países.
Embraer, BRF, JBS, Ambev e outras gigantes reforçam o caminho da internacionalização com presença em dezenas ou centenas de mercados, cada qual com estratégias distintas — mas com uma raiz comum: marcas registradas, estruturadas e geridas com visão global.Enquanto marcas globais nascem com DNA de expansão, há iniciativas brasileiras que começam a construir esse caminho com inteligência local. É o caso do CEO’s Club, rede catarinense de elite que, ao longo de 2024 e 2025, inaugurou embaixadas estratégicas em Florianópolis, Blumenau, Joinville e Praia Brava (Itajaí/Balneário Camboriú), marcou presença abrangente no Vale Europeu/Blumenau, expandiu-se para São Paulo e abriu espaço em Salvador. Esses movimentos não apenas ampliam sua presença territorial, mas também demonstram a eficácia de seu modelo de negócios baseado em networking de alto nível, revelando a capacidade do CEO’s Club de estruturar sua reputação e serviços com consistência regional, mantendo bases sólidas para pensar em uma expansão internacional — quando o planejamento e a demanda se apresentarem com clareza e sinergia.É preciso entender que o ativo marca não é local. Ele é mundial por natureza. Uma boa marca nasce com DNA de expansão — e só não escala quando seus gestores a tratam como ornamento e não como patrimônio. Internacionalizar é, antes e acima de tudo, um gesto de ‘maturidade’. É admitir que seu negócio tem potencial para pertencer a mais de um mercado e que sua marca, quando bem posicionada e protegida, pode se tornar embaixadora da sua cultura, dos seus produtos e do seu legado mundo afora. A pergunta que fica é: sua marca está pronta para ser entendida — e protegida — em outras línguas?
Essa perspectiva não vem apenas da observação externa. Ao longo de mais de quatro décadas atuando com propriedade intelectual, tenho acompanhado de perto tanto a entrada de marcas estrangeiras no Brasil quanto o esforço de empresas nacionais que buscam posicionamento internacional. Proteger uma marca fora do país exige mais do que um protocolo — exige leitura de cenário, alinhamento cultural e visão estratégica. É esse tipo de construção que transforma nomes em ativos globais. Em minha atuação, vejo diariamente o impacto direto da proteção jurídica bem feita na escalabilidade e na longevidade de marcas brasileiras mundo afora.
Jogo que segue…
Guga Dias – Budista, Advogado Especialista em Propriedade Intelectual, mentor de negócios e fundador da AE Internacional Marcas & Patentes






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